segunda-feira, 11 de maio de 2015

Mudanças



De repente você cresce, você começa a enxergar as pessoas em sua volta com uma perspectiva um pouco mais diferença, das vezes que as enxergou sem a intenção de percebe-las. Você se dá conta de que hoje, as pessoas não mais querem amar, se apegar, virou clichê, também com um leque de opções como se selas fossem escolhas em um cardápio onde curtidas determinam o grau do interesse e no final das contas, você percebe com mais clareza a quem deve admirar ou a quem deve se esquecido, a quem deve prezar ou ignorar como se nada tivesse acontecido.

E com o passar do tempo você também percebe como a maioria das pessoas se tornaram vazias, você passa a enxergar tudo o que lhe completa e passa a desejar distancia do que não soma e como se não bastasse a hipocrisia camuflada em verdades, você se sente mais leve, mais solto, nunca enxergar um erro se tornou tão fácil, ou melhor, você descobre que pedir desculpas soa tão mais leve ao peso de sentimentos guardados e quando isso acontece, você já não mais levará em conta opiniões que não lhe agreguem valores e dos amores antigos, você só levará a felicidade consigo.

Você já não perde mais tempo, você age, você deixou de ser ingênuo, inseguro, inconstante, está certo que de vez em quando ainda rola aquela velha crise de existência, mas quem nunca? Você passa a querer ao lado pessoas que lhe arranquem sorrisos e então, é bem verdade que você começa a enxergar certa mudança, mas quem mudou? Tudo continua no mesmo lugar, você quem determinou as regras de como levar a vida, você CRESCEU ...

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Freedom



Foto: Vitor Matheus

Se importou demais, é bem verdade que seu coração possuía aquele instinto materno de sempre acolher mais alguém e por vezes descobriu-se só. Afogou-se em expectativas, amou demais, estendeu a mão a estranhos e do seu egoísmo, percebera que ninguém retornara a lhe estender a mão, a lhe amar, a lhe procurar e segurando as lágrimas perguntou-se: a gratidão não é cega, mas por que as pessoas insistem em amar os errados? 

Por alguns instantes se fechou, se revoltou em dramas, aquele “mimimi” barato como quem quer chamar atenção, quando na verdade é a carência debruçada sobre a saudade de ser amado.

Filho único, pais separados, aos 30 nunca soubera ser só e o mais engraçado é que esse seu jeito conquistava as pessoas, mas não era o suficiente, ele soubera que no fim das contas todo ser humano tem seu lado sombrio, lobrego e mesmo preferindo esquecer que se machucar era quase costumeiro, percebeu que se amar era necessário.

Levantou-se da cama, possuía o costume de ficar por horas olhando o teto e pensado na vida antes de levantar e tomar o café da manhã quase na hora do almoço e o mais importante, parou de reclamar. Naquele instante o café quente ao lado lhe inspirando o desejo de escrever, sorriu levemente, afinal, reclamou do que? 

Ele possuía o dom de fazer as pessoas sorrirem, de entende-las, de estender a mão e não cobrar qualquer valor que não fosse a felicidade e percebeu, que não é no céu que deseja aquele canto reservado, mas paz em seu coração por fazer alguém feliz.

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Talvez



Desenho : Victor Matheus
Você se perde dentro de si sem saber como se achar, você desagua em saudades, desencontra caminhos e no fim das contas você só quer esquecer, esquecer as dores, as mágoas, esquecer os desenganos trajados de planos felizes, talvez não faça diferença toda essa desavença de quem quer esquecer sofrendo, pois quem ama não sofre nem se estiver merecendo.

Foi então que me dei conta que o meu maior defeito foi te amar direito, me entregar por completo e mergulhar em sentimento raso de todo amor que ofertei, mas num instante você vira água, se desfaz em gotas, desaparece e tudo que plantei vira pó, e do nó entalado na garganta arranhando todas as frases que um dia eu ousei te falar, você me virou as costas, apunhalou tantos sonhos e regozijou sobre minhas dores, sim, fostes o fracasso de todos os amores. 

E tudo o que se quer dessa vida eu sei, é recomeçar, reorganizar a rotina de quem vive só e sem a pretensão de amar outra vez ...

Talvez ....

Talvez ...