Sim, eu existo sem você, eu ainda
respiro, ainda possuo os mesmos sonhos e mais, fiz outros os quais você deixou
de fazer parte. Sim, eu ainda existo, tanto existo que deixar de pensar que
para ser feliz eu necessitaria de alguém ao meu lado, até perceber que sou
minha melhor companhia e meu maior confidente.
Sim, eu existo sem você, e por
mais marrento que seja ou apesar de me julgarem amargo, parei de achar que a
vida seria exclusivamente a seu lado, foi então que na obsessão de meus desejos
parei de lhe ver como vítima e pensei unicamente em mim, na obrigação de
encarar a vida um pouco mais árida, para re (plantar), re (pensa), re (formular)
e então, transformar o meu olhar num reflexo positivo para que outros possam me perceber
um pouco mais vivo.
Sim, eu existo sem você, e ao
invés de virgular ou reescrever pensamentos em reticencias, pus um ponto final
e resolvi seguir em frente sem olhar para trás, na verdade, por muitas e outras
vezes olhei para trás na segurança de não querer voltar, ou melhor, eu não
quero, pois é ai que está a essência da vida, tudo o que morre só renasce se for
pra ser verdadeiro e desde então você morreu, permaneceu esquecido e se não
renasceu, não amou por inteiro.
Autor: Leandro C. de Lima