Era sonhador, embora
naquele olhar refletisse o universo perene e puro, ele possuía os pés sobre o
chão, ele possuía uma sede avassaladora contida em no silencio de suas frases
das vezes que incorporava aquele personagem fictício.
Ele possuía sede de amar,
ele possuía saudade, ele era imperfeito e pro seu feito, havia imensidão naquele
sorriso conciso e saudoso dos aplausos que recebia, a cortina fechava, ele então
lagrimava e por fim agradecia.
Aquele menino ao despir-se
de seus personagens, por alguma razão não se despia daquela serenidade expressa
em sua voz. Era subitamente entregue, omitia seus medos, seus receios e sem
deixar vestígios omitia o ciúme corrente em suas veias.
Sim, aquele menino sustentava
suas crenças e meio a mediocridade social, era impetuoso, comedido e ao mesmo
tempo em que avistava um homem naquele espaço estético de seu corpo, possuía um
menino amante dos verdes que usava e das cores que desenhavam o melhor sorriso.
Era sonhador, embora tomado pelo
cansaço, tomado por mágoas ínfimas, extraia de si tantas expiações e emoções a
quais matava em legítima defesa.
Era sonhador, encarnado e esculpido...
Era fonte inesgotável de amor...!
Autor: Leandro C. de Lima