terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Mudanças



Mudei de rua, fiz de conta que os caminhos turvos não me eram a melhor solução, me vi perdido em meu próprio olhar cujo um dia se viu refletido num coração a qual amei...

Me vi perdido em meus próprios versos, não por inconsequência, mas por não ouvir aqueles que estão ao meu lado, e por um instante segundo me vi escrevendo sobre a mesa dos meus sonhos, e eu estava ali pensando em tudo o que havia me acontecido... (quantas vezes nos perdemos em pensamentos, quantas vezes nos perdemos por segundo por erros cometidos )... Escrever é uma arte onde nossa alma se reparte em letras e verbos, e divide um sentimento a qual ninguém é capaz de decifrar, falar, por simples timidez...

Mudar o caminho é saber que no final dele sempre há alguém a nossa espera, sempre há alguém que nos abrace como desejamos, e por mais que choremos um dia por solidão, acredite, és mais amado do que pensas, o importante da vida é sua existência, e os erros são apenas detalhes... São pequenas frases de um interminável ciclo da vida, onde sempre damos voltas e voltas, mas por quê?

Talvez é uma forma de nos encontrar menos indiferentes, menos incertos do que um dia fomos, e por mais que finjamos ter calma sobre uma situação a qual jamais pensamos em estar, fechar os olhos é ponderar consigo mesmo e saber que sempre há uma solução.

Eis que saber valorizar a si é fazer de conta que o mundo não gira em tornos de nossos pensamentos...
 

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Sobre o chão dos meus pensamentos.

Posso dizer a muitos que me afasto do mundo, que nem ligo para as pequenas coisas que me acontecem, posso até dizer que sou insensato, mas ao mesmo tempo me vejo tão pequeno de um dia ter sido grande...

Fujo de uma razão a qual jamais pensei em ter, viro as costas para uma solidão aparente, mas de repente me vem àquela saudade de me encontrar mais uma vez. Me vejo menos infantil, porem mais maduro...Me vejo flexível e menos ditador das certas coisas que um dia pensei em dizer...

Sento em meio a vida, penso em tudo o que me tem acontecido, fecho meus olhos, e sabe quando você volta a ser aquela pessoa que o tempo esqueceu, mas que a essência sempre será a mesma, e ainda fico sorrindo sozinho sobre as coisas fúteis pensadas, deliberadamente maluco, dissimulado, mas divertido.

Chorar? Alguém disso isso? Já passei da fase de achar que chorar resolve algo quando o mundo cai sobre nossos pensamentos, e por mais fraco que eu seja naqueles momentos incertos, sei que mudei...

Sei que amor é consequência, porém, prefiro hoje sentar e observar as estrelas...Elas sempre brilham mesmo quando parecemos esquecidos, como um dia fui...E mesmo assim ainda estou sorrindo...

domingo, 14 de fevereiro de 2016

Liberdade



O medo entorpece os sonhos, paralisa a alma, e lá ele pousou querendo encontrar todas as suas certezas de tantas incertezas vividas e sofridas. Tivera receio de seguir, suas asas já não mais possuíam a mesma coragem que seus olhos e então, observara outros pássaros voando enquanto certa solidão o abraçava em meio a tantos olhares que ali o admiravam e ao invés de voar, posou onde não havia amor e mesmo assim, permaneceu inerte.

Por minutos invejou a liberdade, outrora a cobiçou, e ao invés de seguir em frente e voar, pousara na espera de um certo alguém que lhe tirasse de todo aquele tormento. O medo entorpeceu suas vontades e a vaidade que lhe coubera, se perdera quando percebeu que já não mais soubera o caminho de volta e por alguns instantes, o silencio lhe falara tão mais a que qualquer voz vociferando que a liberdade é apenas mais um desejo de quem quer voar podendo permanecer ao lado de quem ama.

Bem verdade, ele amara demais, vivera demais, provou dos venenos mais brandos e tomado pela loucura cansou de pousar, cansou de pensar e tomado pela complexidade da vida, fora acometido por um apetite voraz e começou a voar, voara sem rumo e dos delírios mais loucos, se jogou em meio ao céu tomado por nuvens desconhecias, por olhares desconhecidos e percebeu, que a felicidade não é uma formula forjada ao ensejo humano insano que nos cabe no peito, e naquele impulso tomado pelo imenso prazer de reviver a liberdade que lhe coubera no coração adormecida, esqueceu que a gravidade e só mais um peso a ser levado pela vida.

E como diria Dalai Lama “Dê a quem você ama: asas para voar, raízes para voltar e motivos para ficar.” 

Seja feliz.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Sou canceriano ...



Sim, sou canceriano, sou de beijos roubados, de uma sentimentalidade efusiva, sou por inteiro de metades estranhas doadas ao incerto desejo profano que se propaga e dilacera,  sou extremos mesclados em um só olhar que devora a alma e sim, por vezes minha radicalidade vociferou verdades,  engoliu mentiras, e por certa dose de romantismo sou poeta de mim mesmo e claro, não deixei de acreditar no amor mesmo quando tomado pelas dores provocadas pela perda de um certo alguém que me deixou, canceriano eu sou, e por onde quer que eu vá que o tempo caminhe comigo como um ombro amigo sem carregar qualquer peso que me leve ao chão e se por um acaso a inveja for cega, que não enxergue a felicidade que habita em meu coração.
Sim, sou canceriano, sou de entrega bandida, de amores perdidos, mas se por aventurar amar, que navegue em meu peito deste ser imperfeito a ternura de declarações tão certa, como alvo e a seta, como tiro certeiro, como quem quer entregar o mundo inteiro e ao mesmo tempo perder-se de amor e de paixões, como quem prova o veneno árduo da espera e se rende a olhares estranhos feito bala perdida de palavras contidas em frases de efeito, e não, não me vendo a valores incertos tão certos que não vale a pena serem sentidos, como quem gosta por gostar, se entrega por se entregar, como que ama por um amor que se tem vendido.
Sim, sou canceriano, de riso fácil eu sou o astuto ilusório simplório rabisco de memórias guardadas e no afã de me conter seguro, por vezes calei meu orgulho e por simplesmente calar, meus olhos insones se viram perdidos em meio ao caos de tanta sentimentalidade engasgada por querer demais, por amar demais, por me doar demais e por fim, me enxergar de menos, e dessa cega mania por valorizar mais o outro a que mim mesmo, naufraguei por vezes em meu próprio abismo e então, comecei a abrir mão de tanta coisa que já não mais somava em meu peito, pois do meu defeito, era achar que a vida fosse feita de entrega e me entreguei ...
Sim, me entreguei, me entreguei a tanta vida jogada lá fora que quando eu fui embora, recobrei a consciência de um vazio aberto na alma por achar-me incompleto pensando que amar e ter um certo alguém que me coubesse no peito ...
Sim, eu sou canceriano, amor porque quero, e se me quiser, que me queira, mesmo imperfeito.