quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Solidão, o sequestro da alma!

Não me lembro do quanto o silêncio ensurdecia-me, embora aquela sensação de vazio me corresse pelo corpo, via-me refém!

Via-me refém do medo, da perda, do insucesso...via-me refém daquele emaranhado de vozes que outrora se perdiam copiosamente em direções opostas, mas que ao mesmo tempo, paralisavam o meu sorriso... via-me me refém da insônia, do vício, da dúvida, ainda que me insurgisse vontades, eu permanecia inerte!

Então, via-me refém da ausência...

E na ausência, via-me refém do esquecimento, e quanto mais me esquecia, os diálogos se dissipavam e a permanência da saudade se fazia presente... e quanto mais se dissipavam os diálogos, mas me percebia só!

Então, via-me refém da solidão...

E na solidão, via-me refém do meu silêncio, diferentemente daquele que me ensurdecia, eu me percebia cada vez mais recluso as minhas vontades que já não mais se faziam presentes.
Então, via-me refém da perda... embora aquela sensação de vazio me corresse pelo corpo, via-me refém!

Da solidão,

Que ansiosamente me sequestrou...

Autor: Leandro C. de Lima

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