Não me lembro do quanto o silêncio
ensurdecia-me, embora aquela sensação de vazio me corresse pelo corpo, via-me
refém!
Via-me refém do medo, da perda,
do insucesso...via-me refém daquele emaranhado de vozes que outrora se perdiam copiosamente
em direções opostas, mas que ao mesmo tempo, paralisavam o meu sorriso...
via-me me refém da insônia, do vício, da dúvida, ainda que me insurgisse vontades,
eu permanecia inerte!
Então, via-me refém da ausência...
E na ausência, via-me refém do esquecimento,
e quanto mais me esquecia, os diálogos se dissipavam e a permanência da saudade
se fazia presente... e quanto mais se dissipavam os diálogos, mas me percebia só!
Então, via-me refém da solidão...
E na solidão, via-me refém do meu
silêncio, diferentemente daquele que me ensurdecia, eu me percebia cada vez
mais recluso as minhas vontades que já não mais se faziam presentes.
Então, via-me refém da perda... embora
aquela sensação de vazio me corresse pelo corpo, via-me refém!
Da solidão,
Que ansiosamente me sequestrou...
Que ansiosamente me sequestrou...
Autor: Leandro C. de Lima
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